#crônica mães
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overwhelmingcronicas · 2 years ago
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Por um dia das mães feminista
Texto originalmente postado no Blog Flores Petalum no dia das mães de 2020. Como a Flores tirou o blog do ar, repostei aqui porque eu gosto desse texto.
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Eu não me lembro de ter um homem em casa. Quer dizer, um que fosse “o homem da casa”, que servisse pra alguma coisa. Quer dizer, meus tios que já moraram com a gente ajudavam com alguma coisinha aqui e ali, mas quem mandou na casa sempre foi, adivinha? Minha mãe.
Meus pais se separaram muito cedo, e não, eu não tenho nenhum trauma de infância a respeito disso. Crescer só com a minha mãe no comando me ensinou uma porção de coisas, inconscientemente, coisas que moldaram minha personalidade e meu jeito de ver o mundo.
Meu pai, como eu disse, teve a bunda chutada quando eu tinha uns 4 anos e mamãe e eu fomos morar sozinhas – a gente até mudou de casa, foi minha primeira mudança, e foi meio que um divisor de águas essa mudança. Eu tenho umas lembranças aleatórias da primeira casa e sou capaz de desenhar a disposição dos cômodos de lá, mas eu não lembro de como era ter o meu pai em casa.
Eventualmente nós nos mudamos de novo, e foi durante a parte da vida do “apartamento no prédio fantasma sem janela na sala” que meus tios gêmeos moraram com a gente, um de cada vez. Mas eles ficavam no canto deles e sinceramente eu não lembro nem deles comendo na mesa com a gente. Quem mandava e quem fazia de tudo era minha mãe.
Depois disso, veio o pai da minha irmã. Essa é outra longa história que não vem ao caso, o importante é que veio a minha irmã, e ela foi outro divisor de águas, outra mudança de casa, e parecia que o pai dela fazia nossa casa de taberna: era um lugar que ele só dormia, bebia e via jogo na tevê. Não demorou pra ter a bunda chutada também, afinal quem manda aqui é minha mãe!
E assim começamos a ser só nós três. Há tantas histórias que eu poderia contar, mágoas que eu podia chorar, mas eu quero falar da minha mãe, o quanto ela sempre foi guerreira, o quanto ela comeu o pão que o diabo amassou pra colocar comida na nossa boca e o quanto sempre foi a general suprema absoluta da coisa toda.
Tinha uma época, que ai de mim se nove e meia da manhã tivesse alguém de pijama e cama desarrumada! Mas de noite, podia levar as cobertas pra sala pra gente assistir tevê juntas. Eu quebrei um jogo de copos e dois jogos de xícara inteiros no primeiro ano em que ela começou a me mandar lavar louça, porque eu empilhava a louça ensaboada de um lado da pia, e o que podia dar errado? Levei mais broncas do que posso contar. “Pare de andar de meia na casa, menina, vá colocar um chinelo, senão eu vou colocar você pra esfregar essas suas meias encardidas!” Pois foi exatamente o que ela fez, algumas manhãs esfregando meias imundas me fizeram NUNCA MAIS pisar no chão da casa de meia sem um chinelo entre a meia e o chão.
A general era linha dura. Mas minha mãe sempre foi muito aberta e honesta comigo, a respeito de tudo. Eu me recordo que foi depois que ela me ensinou a fazer conta de menos que eu comecei a observá-la sentada na mesma cadeira que eu fazia a lição, pra calcular as contas da casa. “O que você tá fazendo, mãe?” “Orçamento”, respondia ela. “Que isso?” “Estou vendo como vamos pagar as contas, não sei se vai ter dinheiro pra tudo”. Eu me lembro da primeira vez que ela chegou em casa e disse que tinha tomado um empréstimo, me explicou como funcionava isso e eu, na minha cabecinha que ainda estava aprendendo a fazer a tabuada, fiquei preocupada com essa história de orçamento e “se estava difícil pagar as contas que já tinha, esse tal empréstimo não vai virar mais uma conta pra ter que pagar?”
Depois ela engravidou, quando eu tinha dez anos. Eu já contei a história, e depois que ela chutou a bunda do pai da minha irmã, mais uma mudança, mais um divisor de águas, acho que foi a parte mais difícil da vida com a maninha pequetita; minha mãe passou poucas e boas nessa época, porque os patrões dela na época resolveram dar a licença maternidade e todas as férias atrasadas do mundo (a minha mãe nunca, absolutamente nunca tirava férias quando eu era criança) e quando ela estava pra voltar a trabalhar, eles a chamaram lá e deram a conta na maior cara dura. Aí foram uns 4 anos comendo o pão que o diabo amassou de novo, eu com a irmã no colo e olhando a minha mãe se virando nos 30 pra pagar as contas e nos alimentar.
Essa época eu era adolescente e estava começando a sair de casa sozinha, pra pagar uma conta pra ela quando ela não podia, ir num mercado um pouco mais longe pra comprar uma coisa específica que não tinha no mercadinho do bairro, pegar um ônibus sozinha pra comprar um presente pra uma pessoa que ia fazer aniversário e ela não tinha tempo pra ir lá, esse tipo de coisa. E eu comecei a querer fazer uns cursos, aprender algo além do que eu tinha na escola, afinal a essa altura eu já tinha passado três anos na escola de tempo integral, bitolada o suficiente com o mais do mesmo habitual e nada de diferente e que eu sentisse que fosse fazer diferença na minha vida. E foi difícil eu conseguir a confiança da minha mãe porque a essa altura eu também já tinha pisado na bola um número suficiente de vezes pra ela ficar com o pé atrás quando eu quisesse fazer alguma coisa sozinha por aí. Eventualmente nós superamos isso; mas ainda hoje, se eu não aviso que vou ter que fazer uma hora extra, ela começa a me ligar perguntando onde eu tô.
E foi difícil também porque eu tive que abrir mão de umas oportunidades que eu tive de fazer um curso de web design, porque o horário ou era muito tarde, ou era justamente no horário em que eu tinha que ficar com a minha irmã em casa, “então por que você não faz essa outra opção de curso agora, e mais pra frente a gente dá um jeito de você fazer esse que você quer?” “Tudo bem, mãe”, porque eu sabia que a minha mínima obrigação era ficar com a pequena em casa no intervalo de tempo que ela saía da escolinha e minha mãe voltava pra casa.
Hoje eu penso que, ao mesmo tempo em que eu “adulteci” muito rápido nessa época, por ter plena consciência de que as minhas coisas podiam esperar, afinal tinha uma criança pequena em casa e eu tinha que ajudar a cuidar. Mas ao mesmo tempo eu me sentia imatura pra essa responsabilidade e não sabia por que ela tinha que cair na minha cabeça, então, bem, adolescente é tudo igual, só muda de endereço né?
Mas por trás de tudo isso, que parece até que eu só tô reclamando, eu aprendia inconscientemente um monte de coisa. Nada vem fácil na vida. Às vezes você tem que abrir mão de algo que quer muito, pelo bem da sua família. Você tem que comer muito arroz e feijão pra conseguir o que quer. E às vezes você tem que deixar de comer arroz e feijão no almoço pra comer arroz e feijão na janta. Você tem que se virar e apanhar muito pra conseguir lidar com o básico, depois você pensa no que mais há da vida. Você não pode sequer pensar em depender de alguém pra resolver qualquer coisa na sua vida, simplesmente há horas em que você tem que se virar sozinha. E você tem que se virar sozinha. Você tem que se virar com o que você tem. Você tem que tirar leite de pedra de vez em quando. Você tem que dar a cara a tapa e não dar a mínima pro que os outros acham ou falam. O caminho é seu, a vida é sua, você que tem que saber o que você tá fazendo. Você tem que saber caminhar em silêncio, lidando com os seus problemas sem murmurar. Mas você também tem que ser humilde, saber pedir e aceitar ajuda quando precisar.
Hoje eu entendo que, talvez sem nem saber o que tava fazendo, minha mãe me ensinou a ser feminista. No sentido de ir lá e fazer. De tomar a responsabilidade para si. De não se contentar com o que vem e correr atrás de algo melhor. No sentido de matar as próprias baratas, trocar o próprio chuveiro e, pombas, meter a mão do motor do próprio carro (bem, essa foi por mim, porque minha mãe não dirige rs).
Minha mãe me ensinou a ser eu mesma (“você não é todo mundo”), a acreditar em mim mesma, a confiar no meu taco, a ir atrás do que eu quero. Minha mãe me ensinou que às vezes você tem que se mudar pra outro estado pra amadurecer, mas que quando você voltar ainda vai ter os mesmos defeitos e ainda vai fazer parte da casa. Minha mãe me ensinou a me virar sozinha, mas que também devo cuidar das pessoas da família e a ajudar-nos uns aos outros. Minha mãe me ensinou que tudo bem mudar de ideia, contanto que eu não desista. Minha mãe me ensinou a colocar as barbas de molho e a aprender com os erros dos outros. Minha mãe me ensinou o valor de cada coisa, o valor de estar junto.
Minha mãe me ensinou a pegar a chave de fenda e arrumar o plugue da tomada que estragou, me ensinou a pegar a chave de grifo e trocar a borrachinha da torneira que tá pingando, me ensinou a vedar ralo com cola de silicone, me ensinou a arregaçar as mangas e pintar a casa sozinha, me ensinou a deixar de ser fresca e trocar o próprio chuveiro.
Tem um conto que eu ouvi há muito tempo e que hoje tenho o livro onde esse conto está. Ele começa “Deus criou a mulher e com ela criou a fantasia”. Assim minha mãe me ensinou a criar histórias e mundos e coisas e a lidar com o tempo em que eu tive que passar sozinha em casa, ou cuidando da minha irmã. No decorrer dele, diz “Mas Deus criou a mulher e com ela criou a teimosia”. Foi assim que, tendo que abrir mão do curso de web design duas vezes, eu descobri o mundo mágico do conteúdo decente na internet e aprendi web design e web development sozinha, nunca desembolsei um centavo pra aprender HTML nem CSS nem PHP e assim descobri minha capacidade de ser autodidata e a aprender uma enorme gama de coisas para as quais nunca tive uma “oportunidade oficial”. No último arco do conto, “Deus criou a mulher e com ela criou o capricho”. E foi assim que minha mãe me ensinou a dar o melhor de mim em tudo que eu me dispuser a fazer, e é por isso que eu amo fazer cada coisa que eu aprendi, mesmo que até hoje ela não acredite muito.
Enfim, minha mãe não deu sorte no amor e teve uma filha de cada traste, e o ensinamento-mor foi que a gente pode muito bem se virar sozinha com nossos dois cromossomos X, sem macho pra encher o saco e sem ter que ficar ensinando a tirar o prato da mesa.
E, bem, se uma mãe dessa não for feminista, eu já não sei o que é isso.
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domquixotedospobresblog · 7 months ago
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Faltam abraços sinceros, faltam conselhos, falta um eu te amo vindo do coração,falta colo pra chorar, ah meu Deus, agiliza aí um botão restauração de mamães.
Jonas r Cezar
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beadickel · 8 months ago
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Os gatos na minha vida
Quando eu era criança e morava no chalé, uma gatinha branca sempre ia me visitar. Ela ficava deitada no muro, perto do registro, e lá ficava por um tempão. Apelidamos ela de Frida lá em casa, e foi meu primeiro contato mais próximo com um gato - mesmo sem poder tocá-la.
É, nunca pude fazer carinho nela. Por estar sempre na rua, minha mãe, minha avó e minha tia nunca me deixaram tocar nela, pois não sabíamos se ela tinha alguma doença. É claro que eu sempre quis adotá-la, pegar para mim, dar todo amor e carinho do mundo! Mas felizmente ela já tinha uma dona, que era nossa vizinha de quadra.
Depois de um tempo, a Frida não voltou mais. Não sei o que aconteceu para ela não retornar, pois ainda a via na casa da vizinha; ela apenas não vinha mais fazer a visita diária.
Não sei quando surgiu minha paixão por gatos, mas sei que ela continua muito forte até hoje. Desde criança, sempre quis ter um felino para chamar de meu, embora não fosse viável por morar numa casa e ele poderia fugir.
Quando me mudei para um apê em 2018, lembro que um gato entrou no nosso carro quando estávamos vendo a vitrine de uma loja de móveis. A minha maior vontade era pegar ele pra mim, hehehe. Ele se esfregou nas nossas pernas e passeou por dentro do carro inteiro, e então saiu, e não o vimos mais.
E então vamos para novembro de 2021. O dia 12 foi um dos piores mas ao mesmo tempo mais especiais da minha vida, pois foi quando minha tia deixou a Terra e o Sollux, meu gato, chegou. Ir para o veterinário, onde ele estava me esperando de banho tomado e com uma pedrinha vermelha na testa, logo depois do funeral foi muito estranho. Eu e minha mãe não sabíamos o que sentir, pensar e fazer com a questão do luto, e ainda mais com um filhote conosco a partir de então.
Apesar de complicado o início, foi maravilhoso. Acompanhar o crescimento desse bichinho tão indefeso mas ao mesmo tempo tão bagunceiro foi uma experiência mágica.
Não sei o que seria de mim sem o Sollux e os demais gatos do mundo, que sempre que vejo fico tão feliz. Mesmo que sejam considerados quietos e misteriosos, são um dos animais mais dóceis do planeta.
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catarinavoltouaescrever-blog · 11 months ago
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Leva a blusa que vai esfriar no fim desse dia...
Acordei com o vazio do lugar… havia marcas de outro corpo — que não o meu — na cama. Agarrei o travesseiro enquanto me acostumava a ideia de vida em mais um dia de sol. Tantas coisas a fazer-pensar-executar. A realidade tem aromas de verão… se agiganta pelos arredores do corpo-alma. Sufoca-esgota… e a manhã chega ao fim antes que eu de fato acorde. Janela aberta para esse excesso de luz-sol… e…
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josivandro · 2 years ago
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soumescritor · 2 years ago
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Hey mãe
texto de 2016 reeditado e atualizado, Inspirado na música terra de gigantes de Humberto Gessinger. Hey, mãe! Diferente dos velhos Engenheiros, nunca tive uma guitarra elétrica, tão pouco foi tudo o que eu queria ter. Mas, mães, hoje sei que alguma coisa ficou para trás, porque antigamente eu tinha uma vaga ideia do que fazer. Ideia que por muito tempo era só o que eu podia imaginar, e hoje,…
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victorialismo · 1 year ago
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A quem virá
Vem, bagunça o meu lado da cama.
Talvez eu precise de bagunça mesmo, depois de passar tanto tempo fugindo de sentir qualquer coisa. Colorir minha vida com o caos do problema pode ser a melhor coisa que você vai fazer por mim. Me inunde com os seus dilemas e as suas crises: eu não vou achar que você é apegado demais à sua mãe ou que você é velho demais pra não largar esse videogame.
Vem, conversa comigo a noite toda.
A verdade é que ninguém cuidou de mim até hoje e só com você, mesmo de longe, eu abracei um abraço que me acolhia. O meu terror não te assustou, muito pelo contrário, sinto que você entendeu o peso de acessar o outro lado do meu sorriso.
Vem, mastiga alto do meu lado.
Porque eu tenho fome de viver com você e dividir meus dias - até mesmo os mais tediosos. Eu quero rir das bobeiras, chorar os dramas e viver todas as pequenas alegrias do seu lado. Eu quero ver você crescer e envelhecer comigo.
Vem, escreve a sua vida com a minha.
Com você o sorriso é mais largo, o riso é mais longo, o abraço é mais quente. Eu preciso de mais do que uma crônica escrito do seu lado - eu preciso do para sempre.
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arabellass · 1 month ago
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☾ ࣪ A altivez dos passos diz que é nobre o sangue que corre em ARABELLA ISOBEL DELAUNAY. Sendo OBSTINADA e SUBMISSA, elu foi escolhido como hospedeiro e protegido do RHIANNON. Aos VINTE E CINCO, cursa o NÍVEL OBSIDIANA II. Sua reputação é conhecida além das fronteiras, e dizem que se parece com ABIGAIL COWEN.
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ℬ𝒶𝓈𝒾𝒸𝓈
nome : arabella isobel delaunay
apelidos : bella, izzie
idade : 25 anos
espécie : humana; khajol
protetora : rhiannon
família : viscondessa hellen delaunay; austin delaunay
seon: pesagus
extracurriculares : jornal hexwood; equitação
ℬ𝒾𝑜𝑔𝓇𝒶𝒻𝒾𝒶
Quando Arabella nasceu, sua chegada foi celebrada como uma bênção divina, especialmente por sua mãe, Hellen, que enxergava nela a continuidade da linhagem Delaunay e a realização de suas ambições. Seis anos após o nascimento do primeiro herdeiro, Arabella era carregada nos braços de sua mãe como a personificação do futuro próspero que ela almejava para a família.
Desde pequena, Arabella foi o foco das atenções de Hellen, que depositava nela todas as suas expectativas. Esse cuidado excessivo e cobrança intensa geraram sentimentos ambíguos: Arabella sentia tanto o peso do amor quanto o temor constante de não estar à altura das exigências maternas. Sua própria identidade parecia ofuscada pelas expectativas de sua mãe, que via na filha uma extensão de si mesma, incumbida de garantir o futuro da família através de seu ventre.
Com o tempo, a pressão aumentou, e Arabella se dividia entre o desejo de agradar e o medo de falhar. Ela orava diariamente aos deuses, pedindo que Hellen tivesse outra filha, alguém que a libertasse desse fardo. Sua mãe deu à luz uma menina, mas, para sua decepção, os olhares continuaram fixos em si. Agora, Arabella precisava ser um exemplo para a irmã mais nova e, de certa forma, sua postura também influenciaria o destino do irmão mais velho.
Desde a infância, Arabella buscava conforto nos sonhos recorrentes com uma mulher misteriosa, de longos cabelos, montada em um cavalo branco e cercada por pássaros. Embora o rosto dessa figura permanecesse oculto, ela sempre transmitia uma sensação de acolhimento. Mais tarde, Arabella descobriu que essa mulher era Rhiannon, sua deusa protetora.
A relação com o pai era complicada. Arabella o desprezava em parte, por estar absorto em sua vida boêmia e ignorar o fardo que ela carregava. Ela desejava que ele a defendesse de Hellen, algo que Arabella não conseguia fazer por si mesma.
Quando seu irmão partiu para a Academia, Arabella o invejou por estar longe, por ter sempre tido a coragem de seguir sua própria vida, enquanto ela permanecia presa às expectativas da mãe. Embora não nutrisse ressentimento pessoal contra ele, não podia evitar a solidão que sua ausência trouxe.
Com o passar dos anos, Arabella desenvolveu uma casca resistente para suportar as pressões de Hellen e a sensação de nunca ser boa o suficiente — mesmo que, publicamente, sua mãe sempre exaltasse o brilhantismo da filha. Pedia para que o irmão lhe enviasse cópias dos livros que estudava na Academia e se debruçou nos estudos, enquanto buscava forças para não se perder entre o que era e o que Hellen desejava. Entretanto, sequer sabia quem era longe das expectativas da mãe.
Arabella começou a escrever ainda jovem, encontrando nos pequenos poemas e crônicas uma forma de expressar sua realidade solitária. No início, seus escritos eram alegorias de sua vida sufocada pelas pressões familiares. Com o tempo, suas criações se expandiram para romances, fábulas e contos, que se tornaram seu refúgio em meio às intermináveis sessões de estudo que sua mãe lhe impunha. Para Arabella, a escrita era apenas um passatempo, uma maneira de aliviar a mente sobrecarregada.
Esse hobbie, no entanto, tomou um rumo inesperado quando Hellen encontrou seus manuscritos. Inicialmente, a mãe não escondeu seu desapontamento, considerando as horas dedicadas à escrita como "grandes bobagens". No entanto, seu pai, até então um personagem distante em sua vida, interferiu pela primeira vez. Ele sugeriu que as histórias fossem publicadas, argumentando que a poesia e a literatura também eram dons divinos, que os deuses certamente se agradariam.
Tímida e insegura, Arabella não tinha forças para confrontar a mãe, que se mostrou surpreendentemente disposta a enviar os escritos para amigos proprietários de um jornal influente. Arabella apenas pediu para publicar sob anonimato, um pedido que Hellen negou. Assim, aos 15 anos, Arabella viu-se catapultada a condição de "gênio literário", sem sequer ter a oportunidade de se esconder da exposição pública.
O novo status de Arabella trouxe-lhe parte da confiança que sempre lhe faltou, despertando nela um espírito de rebeldia. Ela começou a se opor à mãe com mais frequência e até passou a frequentar festas consideradas impróprias aos olhos de Hellen. Se era realmente tão brilhante quanto diziam, Arabella acreditava que tinha o direito de escolher o próprio caminho.
Para sua surpresa, Hellen lhe deu um prazo: três anos. Arabella poderia fazer o que quisesse nesse período, desde que não comprometesse permanentemente seu futuro. Ao final desse tempo, deveria abandonar qualquer distração e seguir seu "propósito" ao ingressar na Academia. Um pacto foi selado entre mãe e filha, e Arabella, relutante, concordou.
Quando a carta de aceitação finalmente chegou, Arabella entrou na Academia, determinada a cumprir o destino que lhe fora traçado desde o nascimento. Ao ser escolhida por Rhiannon, sua deusa protetora, sentiu, pela primeira vez, uma sensação de plenitude e propósito. A rebeldia deu lugar à aceitação de seu papel, e Arabella passou a seguir o caminho que a ligava não apenas à sua linhagem, mas ao seu destino espiritual. Ela faria o que fosse necessário para cumprir com seu destino e honrar sua linhagem, mesmo que tivesse de abdicar de sua felicidade.
ℐ𝓃𝓈𝓅𝑜
prudence blackwood (o mundo sombrio de sabrina); sally owens (da magia à sedução); mary shelley
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rxckbellz · 11 months ago
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BOOBOO STEWART? Não! É apenas GILBERT ROCKBELL, ele é filho de HERMES e CONSELHEIRO do chalé ONZE e tem VINTE E SEIS anos. A TV Hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL III por estar no acampamento há DEZOITO ANOS, sabia? E se lá estiver certo, GIL é bastante ESPIRITUOSO, mas também dizem que ele é TRAPACEIRO. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
ɪ. 𝔭𝔬𝔡𝔢𝔯𝔢𝔰 —
Prestidigitação — Gilbert é capaz de produzir pequenos efeitos mágicos e inofensivos, em outras palavras, ele executa truques ilusórios. Algo que um mágico de rua ou um ladrão — ou um vigarista — seria capaz de fazer, porém, um pouco mais palpável. Dentro de um alcance de três metros, Gil pode criar efeitos sensoriais inofensivos, acender ou apagar instantaneamente pequenas fontes de fogo, projetar cores e símbolos em superfícies de objetos, limpar ou sujar um objeto e até criar uma imagem ilusória que cabe em sua mão. Definitivamente, não é uma habilidade muito útil em combate, visto que todos os efeitos são inofensivos e o alcance é curto, mas, para um trapaceiro como ele, o semideus certamente encontra usos interessantes para ela. 
Percepção Ilusória [ habilidade passiva ] — Gilbert adquiriu a capacidade de ver através de ilusões, para ele é muito mais fácil identificar quando um efeito ou ação foram causados por magia ou criados a partir da manipulação da névoa. Assim, ele pode ver através de disfarces de monstros com maior facilidade, além disso, criaturas que utilizam manipulação de névoa possuem dificuldade para aplicar o efeito nele. Contudo, criaturas consideravelmente mais poderosas do que ele são capazes de ultrapassar suas resistências e fazê-lo cair em ilusões; nesse caso, o semideus ainda terá certa vantagem para ver através do que é falso, mas precisará se concentrar muito mais e gastar mais energia.
ɪɪ. 𝔥𝔞𝔟𝔦𝔩𝔦𝔡𝔞𝔡𝔢𝔰 —
Agilidade sobre-humana e velocidade sobre-humana.
ɪɪɪ. 𝔞𝔱𝔦𝔳𝔦𝔡𝔞𝔡𝔢𝔰 —
Conselheiro do Chalé de Hermes, Instrutor de Combate Corpo-a-Corpo e participa da Corrida de Obstáculos no Time Vermelho.
ɪᴠ. 𝔞𝔯𝔪𝔞𝔰 —
Gil tem um conjunto de três adagas de arremesso que retornam para seu cinto uma vez que acertam o alvo. Elas são feitas de bronze celestial, mas cada uma tem um design único, sendo uma delas uma adaga tradicional, a outra uma de lâmina curva e a última com a lâmina serrilhada. Quando precisa sair em missão ou entrar em combate, Gil gosta de mergulhar cada uma em tipos diferentes de venenos. Elas se chamam, respectivamente, Robin Hood, Houdini e Billy The Kid.
ᴠ. 𝔟𝔦𝔬𝔤𝔯𝔞𝔣𝔦𝔞—
— Gilbert nasceu da união de uma magnata de Manhattan, Elinor Rockbell, e o deus Hermes. Ele e sua irmã gêmea, Duncan, foram recebidos com muita alegria pela mulher que, perdidamente apaixonada pelo deus, via aquelas crianças como seus tesouros, fruto de seu amor verdadeiro. Contudo, deuses são ocupados, ainda mais o deus mensageiro. Quando Hermes se foi, Elinor entrou numa depressão profunda. Desenvolvendo um tipo de carência crônica e aversão à solidão, a modelo começou a adotar mais e mais crianças, numa tentativa desesperada de encher a enorme mansão do Upper East Side. Não que ela estivesse em condições emocionais de cuidar de nenhuma delas, porém, para Elinor, como uma mulher influente, era fácil conseguir o que queria. Nessa época, Gil e Duncan já estavam mais crescidos e, por estarem sempre juntos, acabaram atraindo um monstro que os atacou. Sem demora, os gêmeos foram levados ao Acampamento Meio-Sangue com apenas 8 anos de idade. 
— O Acampamento Meio-Sangue é o verdadeiro lar de Gilbert, visto que foi lá onde cresceu e aprendeu a cuidar de si mesmo e de seus irmãos. O rapaz ainda faz visitas a Elinor, que, enquanto os gêmeos estavam no Acampamento, adotou um total de dez filhos. Apesar disso, ele não tem muito apego à casa da mãe, por mais que a ame, ou aos irmãos postiços e normalmente prefere passar o ano todo no Acampamento. Não o leve a mal, é só que depois de alguns anos tendo de se virar por conta própria com sua irmã, e com um centauro como a figura mais próxima de um pai, as coisas mudam. Além disso, sua relação com seus irmãos adotivos é estranha, para dizer o mínimo, uma vez que eles se veem uma vez por ano, e isso quando o encontro dá certo. Em resumo, sua relação com os Rockbell é distante, por mais que sua mãe sempre o receba com alegria, um quarto bem arrumado e inúmeros mimos.
— Como um dos membros mais antigos, foi quase natural para Gil eventualmente tornar-se Instrutor de Combate corpo-a-corpo, uma vez que seu poder único não possui caráter combativo, ele precisou aprender a compensar com proeza física. Sua agilidade acentuada contribui para ajudar nas instruções sobre esquiva e furtividade, suas especialidades, além de ele ser um alvo mais difícil de acertar graças à velocidade sobre-humana. Após alguns anos atuando como instrutor, o rapaz genuinamente tomou gosto pela função, e acredita que está no lugar certo ajudando novos semideuses a aprender a se defender e sobreviver. Além disso, devido ao tempo que ele mora no Acampamento e, portanto, aos anos vivendo no Chalé 11, ele não só está acostumado a cuidar de uma tropa de pirralhos, como também aprendeu a lidar com os problemas da maneira mais leve possível. Ele é um rapaz extremamente espirituoso, simpático e generoso, o que o tornaria uma excelente companhia, se não fosse seu problema com pequenos furtos. Gil é um cleptomaníaco com sérios problemas de controle de impulso, de forma que seus bolsos nunca estão vazios, mas, se você souber lidar com os roubos, as piadas completamente desequilibradas e o casual ar de alguém que está prestes a te passar a perna, ele é um bom amigo!
— Gilbert estava no jantar quando Rachel recitou a profecia, visto que raramente deixa o acampamento. O evento, logicamente, o deixou tenso, ainda mais com a subsequente mudança no clima local, fazendo-o imaginar que o que está por vir, o que quer que seja, é extremamente perigoso. Ele espera, genuinamente, que ele e a irmã não sejam convocados para nenhuma missão maluca, afinal, sendo perfeitamente honesto — algo relativamente raro para Gilbert —, ele gosta de viver.
ᴠɪ. 𝔱𝔯𝔦𝔳𝔦𝔞 —
— O estilo de luta de Gilbert se assemelha ao de um ladino, visto que é o mais adequado para ele levando em conta sua descendência divina. O semideus é veloz e talentoso com furtividade e com prestidigitação e opta por um estilo de combate que consiste, basicamente, de “bater e correr”, sendo capaz de danificar seus inimigos substancialmente enquanto evita ataques poderosos.
— Ele usa dos seus conhecimentos de combate furtivo e do seu instinto de sobrevivência aguçado para permear suas lições como instrutor de combate corpo-a-corpo. Gilbert e a irmã complementam as aulas com seus estilos diferentes, mas que se completam.
— Gil tem uma coleção de facas, canivetes e outras coisas pontiagudas que ele pode usar para espetar as pessoas das maneiras mais criativas possíveis, mas são todos itens mundanos, presentes de sua mãe. Seu favorito é um canivete suíço com um par de asas entalhadas na lateral, ele sempre carrega consigo, afinal, é um item muito útil.
— Inclusive, seus bolsos literalmente nunca estão vazios. Normalmente cheios de coisas pequenas que não lhe pertencem. Ele tem o costume de devolver as coisas que rouba... eventualmente.
— Embora seja impulsivo e um trapaceiro de marca maior, Gilbert é muito cuidadoso e responsável com as crianças do acampamento e, principalmente, com aqueles que ficam no Chalé de Hermes. Ele gosta de usar seus truques de prestidigitação para animar e distrair os moleques.
— Gilbert nunca pensou muito além do Acampamento, ou do que gostaria de fazer no mundo mortal, afinal, sua mãe é rica, ele já tem a profissão dos sonhos: herdeiro.
— Ele gosta de skate e seu estilo reflete um pouco isso, usando roupas bem despojadas e puxadas mais para o street em conjunto com as blusas do Acampamento Meio-Sangue.
— É pansexual e isso não é segredo, levando em conta que Gilbert é engual corrimão de quartel: todo mundo já passou a mão. Ele é assim: facinho facinho, afinal, caiu na rede é peixe! Ele gosta de deixar fluir e não quer se prender a compromissos, o que significa que ele sai correndo ao menor sinal de que um rolo possa se tornar sério.
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whozkay · 5 months ago
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Bloody hands: uma história trágica
🩸
@beadickel obrigada por me inspirar a escrever uma crônica de um acontecimento cotidiano.
🩸
Quando você passa os últimos dias, aflita, com medo de estar grávida de seu namorado que você assumiu um relacionamento há menos de três meses, estar menstruada é a melhor sensação do universo! Ora, dado o fato que seu amado já possui dois filhos de outro relacionamento, você tem total certeza de que ele é uma pessoa muito fértil e você poderia ser a mãe de uma terceira criança.
Mas isso, graças aos esforços da ciência, não é uma preocupação atual e você pode enfim relaxar, e, após dar uma aula online às dez da manhã de um sábado, por que não uma festa julina!
Teria sido melhor se não fosse um convite feito quinze minutos antes, mas num dia de inverno com um clima tão agradável, se prender no quarto não era a melhor das opções.
Me arrumei rapidamente, esvaziei meu coletor menstrual para evitar bagunças, até trancei meu cabelo e coloquei uma blusa de flanela para combinar com a vibe.
Apenas dez minutos de caminhada.
As crianças do meu namorado iriam se apresentar, meus sogros estavam lá e os dois pequenos ficaram super felizes em ver "a tia", o que poderia dar errado?
Bem, os dois meninos vomitaram depois de se esbaldar no pula pula, interditando o brinquedo.
Mas o que poderia dar errado? Crianças passam mal, isso faz parte.
Fomos então comprar comida, numa fila que dava voltas pelo espaço, talvez nunca viesse a acabar, mas nada poderia dar errado, além do fato do mais novo estar aos prantos querendo participar das brincadeiras que tinham filhas quilométricas.
Tudo bem. É uma criança que fez quatro anos há exatos cinco dias, não é esperado que ela entenda isso, está tudo bem.
E mesmo depois da fila de 87km, podemos pegar as fichas! Pagamento via pix ou dinheiro apenas. Sem problema nenhum, todo mundo tinha dinheiro... em suas contas bancárias. Em um mundo com transferências rápidas e sem taxa, problema nenhum... certo?
Acontece que por alguns anos trabalhei em telemarketing e aprendi uma coisa: telhas de zinco bloqueiam o sinal de internet. Logo, um galpão coberto inteiramente com telhas de zinco seria um grande problema!
Tentamos de todos os jeitos possíveis conectar em algum sinal, saímos para lá e para cá e nada de conseguir abrir os aplicativos do banco... Tinha como dar um jeito, eu tinha certeza mas outra coisa eu não tinha tanto: nessas andanças, senti um jato de sangue descendo por mim. Hora de esvaziar o coletor.
Quando criança, eu estudei naquela escola, então sabia onde tudo estava, especialmente os banheiros que estavam abertos ao público, ufa!
Fui até lá e eu deveria ter visto que as coisas não estavam no lugar certo, literalmente!
De cinco cabines, duas apenas tinham porta. Uma padrão, que o vaso sanitário estava cheio de... vou poupar os detalhes e a outra para deficientes cuja acento estava brilhando em dourado de tantas gotas de urina respingadas.
Tudo bem, eu não iria sentar, apenas esvaziar o meu coletor.
Porém, aquela posição não foi nada favorável para mim.
Assim que me abaixei e me posicionei, fui retirar o coletor que escapuliu de meus dedos, que consegui com destreza evitar que ele fosse ao chão... mas não seu conteúdo.
Sim, isso mesmo. O chão, o acento, minha mão e minhas roupas, tudo ensanguentado.
— Merda – eu disse brava comigo mesma.
Mas desde que uso coletor, essa não é uma situação atípica e eu tinha um casaco para amarrar na cintura, truque clássico pra disfarçar o desastre.
Peguei o papel higiênico, limpei o grosso do sangue de minhas mãos e fui então levá-las antes de limpar o resto da bagunça.
Congelei.
A torneira estava seca!
Arregacei até o final, na esperança de alguma gota e nada. Nadinha!
Lembrei da regra môr do Guia do Mochileiro das Galáxias: Don't Panic!
Mas acho que nem se eu tivesse uma toalha comigo serviria de alguma coisa.
Gastei mundos de papel higiênico e mesmo assim, o chão permanecia num tom de marrom avermelhado nojento. Eu só pensava o que pensariam quando vissem aquela bagunça! Achariam que sou uma mulher nojenta e desleixada e... MEU DEUS NÃO TERIA COMO DAR DESCARGA!
Dentro do sanitário, sangue escorrendo pelas laterais e eu não poderia fazer nada.
Então desisti.
Envolta em vergonha, tirei o resto do sangue em minhas mãos.
Fui atrás do meu namorado porque havia deixado meu celular com ele, na nossa saga de pagamento e apenas sussurrei: "Eu vou embora"
Os olhos dele se arregalaram e o puxei para um canto mais afastado. Tentava manter o tom mais suave possível. Não queria que ele pensasse que estava partindo por causa dos filhos dele agindo como crianças de 4 e 5 anos, ou por causa dos meus sogros. Expliquei toda a história como se fosse apenas um ocorrido engraçado, mas no fundo eu queria chorar de vergonha!
Ele concordou, disse que estava tudo bem, então fui embora com as mãos e todo meu corpo cheirando a sangue.
No meio do caminho me lembrei que não me despedi dos meus sogros nem das crianças. Desesperada, mandei uma mensagem rápida para ele, torcendo para que ele visse antes que as pessoas criassem uma má impressão de mim.
[6/7 13:17] kay: depois despede do pessoal por mim
[6/7 13:17] kay: meio que minha mão tava cheia de sangue aí né
No caminho, tentei manter o bom humor, pensando em como contaria essa história de uma forma cômica.
Em casa, sentada no vaso enquanto contemplo minha existência sangrenta, pensei: "Se prender no quarto era a melhor opção."
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domquixotedospobresblog · 7 months ago
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Mães tem cheiros de flores,de almoços quentinhos,elas tem todos os aromas da vida,mães tem abraços quentes,abraços protetores,elas sempre serão os braços do mundo.
Jonas r Cezar
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wickedmadcm · 7 months ago
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Apenas um questionário de desenvolvimento e pra quem tiver interesse em saber um pouquinho mais da Lady Tremaine <3
Um agradecimento especial a player do @meowhile pelo edit lindo que me salvou nesses tristes dias de quem está sem ps.
Aparência:
- Qual é a sua aparência física? Ela tem 1,72 de altura. Longos e sedosos cabelos ruivos. Seus olhos são azuis. 
Comportamento:
- Como é a sua expressão facial? Calma e pacífica na maior parte do tempo, costumeiramente passa a impressão de estar sempre observando tudo em seus mínimos detalhes. 
- Você gesticula muito com as mãos? Muito pouco, apenas quando se vê necessário. 
- Você tem algum hábito? Passar as mãos pelas vestes como se buscasse sempre às deixar impecáveis, franzir o nariz sempre que escuta algo que considera um absurdo. 
- Como é a sua postura? Impecável, desde muito jovem teve aulas de etiqueta e isso transparece até os dias de hoje.
- Como você anda? Com graça e leveza, antigamente andava de forma mais  r��gida, mas depois do rebranding achou que seria melhor que mudasse sua forma de andar. Busca transmitir bondade e não que seja uma pessoa fechada. 
- Como você gosta de se sentar? Com as pernas juntas ou cruzadas, as mãos repousando suavemente em seu colo, a coluna ereta e cabeça erguida.
- Você tem algum hábito incomum? Arrumar todas as suas coisas por cor ou ordem alfabética. 
Saúde:
- Qual é a sua dieta? Perfeitamente balanceada. Ela gosta de se manter saudável e apenas comer do bom e do melhor, ela é uma dama refinada. 
- Como é o seu padrão de sono? Quando nada abala sua rotina, ela tem um sono perfeito e ininterrupto de oito horas.
- Você pratica exercícios regularmente? Sim, buscando sempre um cuidado maior com sua saúde, ela se exercita. 
- Você é muito ativo ou preguiçoso? Diria que certamente não é preguiçosa e que possui mais energia do que presumiriam para alguém de sua idade. 
- Você toma algum medicamento regularmente? Não.
- Você tem alguma doença física ou lesão crônica? Não, nada. 
Pessoal:
- Você é introvertido ou extrovertido? Introvertida. 
- Você é otimista ou pessimista? Ela diria que é realista… Ou melhor, para o bem de sua imagem, ela é otimista!
- Qual é o seu gênero e sexualidade? Cis-gênero feminino e heterossexual
- Você tem inclinação para o romance? Pessoalmente não, depois de tudo que ela já passou depois de dois casamentos? Nuh-uh. Mas como a dona de uma agência de casamentos em um mundo encantado que valoriza o amor verdadeiro… Ela está sempre aberta à possibilidade de um novo amor. (Insira aqui um revirar de olhos)
- Como é a sua memória? Considerando seu rancor? Excelente. 
- Você é bom em planejar? Sim, ela diria que o problema não costuma estar em seus planos, mas sim nos incompetentes que falham e os realizar. 
- Você passa muito tempo refletindo sobre a vida? Não tanto quanto deveria, preocupação demais gera rugas. 
- Você confia na sua intuição? Sim, acredita que tem instintos excepcionais. 
- Você é bom em resolver problemas? Sim, se não fosse não teria chegado tão longe. 
- Quais são os seus objetivos de vida? Ser feliz. 
- Quais são as suas inseguranças? Ela possui um grande receio de ser vulnerável e se conectar verdadeiramente com as pessoas apenas para ser traída ou as perder. Se sente insegura em relação à própria aparência. Tem receio de nunca conseguir reatar uma boa relação com suas filhas. Tem receio de ser imperfeita. 
Passado:
- Como foram as suas relações com seus pais? Quando criança ela teve uma ótima relação com os pais, ainda que sua mãe sempre tenha sido um pouco mais rígida com ela. Foi uma grande lástima quando os dois partiram, a mãe faleceu quando ela tinha seus treze anos e o pai adoeceu logo após o seu primeiro casamento com Lorde Tremaine. 
- Como foi a sua adolescência? Complicada após a perda da mãe, mesmo que seu pai fosse muito afetuoso haviam assuntos que apenas uma dama poderia lhe ensinar e por muitos anos dela dependeu de suas tutoras para que aprendesse como se portar de maneira adequada e ser a dama perfeita que sua mãe sempre quis que ela fosse. 
- Como foi sair de casa pela primeira vez? Aterrador, mas maravilhoso já que saiu de casa apenas quando se casou com Francis, ela estava apaixonada e imensamente feliz. Mesmo que tivesse seus receios agora que ela teria novas responsabilidades, temia não estar à altura do marido e do que a sociedade esperava dela. 
- Você frequentou a faculdade? Como foi? Não existe bem isso, mas ela teve ótimos tutores durante toda a vida e por isso possui uma educação exemplar. 
- Qual foi o seu primeiro emprego? Você gostou dele? Considerando como as coisas eram na época dela, pode-se dizer que seu primeiro emprego foi como esposa e administradora das terras de seu marido. Algo que ela criou certo gosto por, sempre gostou de manter tudo alinhado como tinha de ser. 
- Você teve algum evento significativo que moldou sua vida? A morte de Francis. Ele havia sido seu grande amor e o melhor marido que ela poderia ter pedido por… A morte dele abalou ela mais do que ela mesma teria previsto, era a única coisa para qual ela sequer havia pensado em se preparar para. Pela primeira vez em sua vida ela não sabia como agir ou o que fazer, toda sua imagem de graça e leveza sendo quebrada pelo luto enervador que se enraizou em seu peito. Sequer sabia o que dizer às filhas ainda crianças, mas garantiu que essa fosse a última vez que Anastasia e Drizella a veriam chorar. Foi a partir disso que sua postura se tornou mais rígida e o amargor tomou conta de seu ser, tudo que lhe restava eram as filhas e ela garantiria que as duas tivessem a vida perfeita. 
Relacionamentos:
- Quem você considera sua família? Atualmente, apenas suas filhas e seu gato, Lúcifer. 
- Como são suas amizades? Geralmente pessoas que possam lhe beneficiar, ela dificilmente confia em qualquer uma delas de verdade. 
- Como você ajuda amigos em tempos difíceis? Com presentes ou favores. Ou escutando desabafos e não julgando. 
- Você procura ajuda dos amigos quando precisa? Não. Ela prefere fazer tudo sozinha, se quiser algo bem feito faça você mesma. 
- Como você lida com desentendimentos? Com uma conversa franca (Ou não) e buscando um meio termo.
- Como você aborda o romance? Ela foge. Atualmente ela não possui qualquer interesse em romance, a mera ideia de se permitir ser vulnerável com alguém outra vez lhe causa calafrios. 
- Como você lida com problemas no relacionamento? Com uma conversa madura, novamente, sempre buscando encontrar um ponto de compreensão mútua. 
Interações:
- Como você se relaciona com os outros? Com educação e polidez. Busca manter certa distância emocional, ainda que não deixe de sorrir e ser simpática. 
- Você é afetuoso fisicamente? De maneira alguma, isso não seria adequado para uma dama. Ainda que um dia ela já tenha sido mais afetuosa fisicamente, mas apenas quando Francis ainda era vivo. 
- Você prefere grandes grupos ou interações mais íntimas? Opta por interações mais íntimas já que lhe permite observar com mais cautela apenas uma pessoa, facilitando sua comunicação. 
- Você é aberto com estranhos? Jamais. Ela não é aberta nem com conhecidos. 
- Como você lida com críticas? Atualmente? Ela apenas sorri e acena. Se ela vai realmente levar em consideração o que você disse? Bom, no dia que você for uma pessoa que ela tem estima por, ela pensa no seu caso. 
Vida:
- Qual é a sua carreira e como você se sente sobre ela? Dona de uma agência de casamentos e consultoria de imagem & etiqueta. Ela se sente feliz em garantir que mais pessoas possam agir de maneira cordial e elegante, já que suas filhas não fizeram uso dos ensinamentos dela, certamente estranhos o fariam. E bom, uma agência de casamentos em um mundo que valoriza o amor verdadeiro e a busca por ele parece ser o negócio ideal.
- Você é independente? Sim, se tornou extremamente independente depois da morte de Francis. 
- Você tem habilidades domésticas? Como uma lady que foi criada para nunca ter de realizá-las? Ela diria que não possui muitas, opta por sempre ter empregados quando possível. É uma péssima cozinheira. 
- Como você lida com dinheiro? Apesar das más línguas, ela lida consideravelmente bem. Ela diria que quem lhe deixou em péssimas condições foi o fato de ter enviuvado e os impostos do reino. 
- Você tem família, filhos ou animais de estimação para cuidar? Sim, ainda sob seus cuidados está sua filha, Drizella e seu gato de estimação, Lúcifer. Anastasia já não mora mais consigo e por isso não lhe é mais uma responsabilidade. 
- Você já teve problemas legais ou médicos? Ela diria que não e que qualquer coisa que seja falado o oposto disso em Castle of  Dreams não passa de calúnias. 
- Quais são os seus hobbies? Jardinagem, bordar, tocar piano, ler e dançar. 
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torturedreader · 24 days ago
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Mais um mês que fui muito leitora, e dessa vez foi bem versatil. Teve classico e gótico nacionais, alienigena, suspense viciante, e meu primeiro livro do Gabriel Garcia Marquez.
1 - As Meninas - lygia Fagundes Telles.
O livro se passa no auge da ditadura militar brasileira, e as protagonistas se deparam com um mundo conturbado, marcado por rápidas transformações, sexo, drogas e repressão política.
mini review: Esse livro foi muito pessoal, é como se a gente estivesse dentro de cada uma das personagens, ouvindo seus pensamentos de angustia, sabendo de seus traumas, os sonhos e medos delas, quando terminei senti muita falta delas.
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2 - Crônicas de Uma Morte Anunciada - Gabriel Garcia Marquez.
Conta a história do assassinato de Santiago Nasar, um crime anunciado e conhecido de todos os habitantes de um pequeno povoado do Caribe colombiano.
mini review: Umas das fofocas mais deliciosa do mundinho literario, nao consegui parar de ler ate descobrir tudo sobre essa morte.
3 - Noite na Taverna - Alvarez de Azevedo.
A história se passa em uma taverna no século XIX e é contada por cinco amigos: Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius Hermann e Johann. Os amigos compartilham suas histórias de amor, que são intensas e loucas, e que marcaram suas vidas com atos infames.
mini review: O autor sabia que nao existe nada mais assustador que o ser humano.
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Sem Saida - Cara Hunter.
O livro se passa durante as férias de Natal, quando duas crianças são encontradas entre os escombros de uma casa em chamas em Oxford. As perguntas que surgem são: como duas crianças tão pequenas foram deixadas sozinhas em casa? Onde está a mãe? E por que o pai não atende o telefone?.
mini review: trama envolvente e extremente viciante, meio obvio, porem, a fofoca de familia é deliciosa.
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Filhos da mãe
Preparados para mais um desafio de escrita?
Olá, Seguindo o ritmo dos desafios de escrita, nesse 2023, venho te convidar a escrever uma crônica a partir do provocativo tema: filhos da mãe… Que tal? Esfregou as mãos, aí? Vamos lá: mãos a obra… escolha uma história pitoresca de um filho ou filha da mãe e compartilhe com a gente. Estou animadíssima para ler a sua narrativa nesse mês de maio, conhecido por aqui, como o mês das mães. Para…
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01298283 · 1 year ago
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Um desabafo e um muito obrigado a todos que me acompanharam até aqui
Eu alcancei mais de mil seguidores de várias partes do mundo e conheci muitas pessoas por essa plataforma,onde várias delas me apoiaram e me ouviram,graças a história de cada um eu pude ver quantas pessoas espalhadas pelo mundo e país atravessaram e atravessam situações semelhantes a minha e me emocionei com elas também e o quanto conseguimos ser fortes e suportar tantas coisas insuportáveis,assim como ter estômago para lidar com os piores tipos de pessoas.
Quem me acompanha desde do início e vasculhou meus textos antigos sabem às inúmeras violações e abusos que sofri e o quanto lutei por justiça,é claro que eu não esperava nada da justiça e não tinha expectativas porquê conheço como funciona o sistema judiciário e órgãos públicos e por lá você não encontra nada de bom e tem o fato de que sou pobre,não tenho influência,moro em um bairro periférico e não estou dentro dos padrões medievais,conservadores e moralistas que a classe judiciária e a sociedade aceitam e o algoz é o típico hipócrita "Deus,pátria e família" e possuí condições favoráveis em todos os aspectos, é branco,"hétero" coloquei entre aspas porquê quem o conhece de fato sabe que ele curte outras coisas,mas ele precisa manter às aparências e claro,ele gastou com excelentes advogados e advogado de bandido branco de terno e gravata,classe A se vendem como "prostitutas" e ajudam a derramar sangue inocente,entrando o dinheiro é o que importa,a maioria das pessoas são assim.
Eu fui esfaqueada com uma faca exatamente assim:
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Eu tive os ossos da minha mandíbula partidos ao meio do qual usarei prótese e ficarei com defeito na boca o resto da minha vida e não tive dinheiro para realizar às sessões de fisioterapia e não consegui pelo SUS,então digamos que ficou tudo meio torto e até hoje dói e entortou a arcada dentária inferior e se na época eu não estivesse usando aparelho dentário o médico disse que eu teria perdido todos os meus dentes inferiores. Eu tive várias partes do meu corpo violadas,inclusive às partes íntimas e fui espancada de várias formas das quais jamais me esquecerei além de diversos tipos de humilhações desumanas,onde a família dele presenciou e ignorou me culpando principalmente porquê na época havia os conceitos e costumes cristãos envolvidos e sua mãe era,ainda é extremamente fanática,então sempre ouvi que a culpa era minha e eu não era uma mulher conforme a palavra do Deus deles,mediante aos fatos resumidos eu desenvolvi diversos problemas de saúde física e psicológica que não tem cura e eu também não tenho condições financeiras de arcar com tantas coisas,então fui obrigada a aprender a sobreviver assim,embora às dores crônicas me prejudiquem bastante mas eu não tenho opção,mesmo com todos esses fatores eu suporto perseguições e diversas humilhações,acusações infindáveis e stalker,mas como eu disse várias vezes aqui no meu blog a justiça enxerga que ele tem passe livre para fazer o que quiser e continuar impune porque possui $$$, então não adianta abrir mais denúncias ou processos.
Não alcancei a justiça esperada em relações às graves violações que sofri e isso era bem óbvio,como eu sempre digo nunca espere nada do sistema judiciário eles também irão violentar você e compactuar com o algoz,eu suportei diversas agressões do sistema,dos seus advogados,amigos e familiares que o defendem,meus direitos foram roubados assim como propositalmente eles tentaram de todas às formas destruir a minha vida e a minha saúde física e mental,e o mais irônico em tudo isso foram eles batendo no peito e dizendo que são "cristãos", que são superiores a mim,que eles irão para o céu e eu para o inferno,que são pessoas de "bem."
Provavelmente eu terei que fazer tratamento psicológico pelo resto da vida,ainda assim meus recursos são escassos eu precisava de um bom tratamento particular com um médico e terepeuta de fato especializado nas áreas em que eu sofri e desenvolvi os transtornos,mas infelizmente não tenho muitas opções. É claro que nunca mais serei a mesma e sempre sentirei falta do que eu fui um dia e às vezes choro muito por causa disso,eu queria minha inocência de volta e às partes minhas que foram mortas vivas novamente,assim como a capacidade de ver o mundo um pouco mais colorido,mas de fato vivendo por tanto tanto e lidando com esse nível de pessoas eu pude perceber que fica difícil ter estômago para viver no mundo sabendo que em cada esquina existem tantos parasitas que se enquadram nesses aspectos repugnantes,pois de fato nada neste mundo funciona como de fato deveria funcionar e está tudo muito errado.
Como alguns sabem,eu suportei piadas de diversos tipos da parte deles em relação a toda essa violência que sofri por anos,como se o que todos eles tivessem feito e faz fosse algo "normal" e "irrelevante" e claro que ele conseguiu neste meio tempo manipular pessoas e situações a favor dele, principalmente comprando essas pessoas pois de fato às pessoas se aproximam dele não porquê gostam dele mas pelo fato de que vão obter benefícios com tudo isso,ele é uma casca vazia e quem o cerca mais ainda.
Toda essa situação me mostrou apenas que eu tinha razão,nada neste mundo está certo,nada é justo e às pessoas podem ser piores do que você imagina,além do fato de que grande parte vive de aparências,são interesseiras,egoístas, traiçoeiras,invejosas,hipócritas e cegas em relação a si próprio. Digamos que a "parte boa" em relação a esses fatos foi enxergar o mundo e às pessoas como de fato elas são e que não há muito o que esperar de bom delas ou deste mundo,provavelmente tudo será pior futuramente,muitos valores estão se perdendo e coisas importantes sendo banalizadas.
Mas o que torna o mundo deplorável são justamente elas,pois de fato não possuem um propósito útil em absolutamente nada e vivem a serviço do caos e a notícia ruim é que elas se multiplicam como piolhos,ou seja,são como pragas e sempre irão existir. São às pessoas mais imundas em questão de caráter que você verá e ouvirá dizer que são "boas" e sendo aplaudidas por tantos,são justamente esses que você verá milhares lambendo às "botas deles" e "puxando o saco."
Eu conheci muitos assim até aqui,não apenas especificamente nos processos dos quais fiz parte e lutei,há milhares como eles e não é a toa que o mundo é o que é hoje. Essas pessoas sempre sempre serão cegas em relação a si mesmo,aos seus erros,ao seu orgulho e ao seu ego,é por isso que há tanta dor,desigualdade e destruição no mundo. A maioria delas não querem colher os frutos das suas ações,não querem e não vão mudar e mesmo que "mudem" isso não apaga o que elas fizeram e às tornam "santas" como muitos canonizam X ou Y cobras mudam de pele,de caráter não.
Porquê você acha que abusadores sempre vão a igreja? Porque lá o rebanho se faz de cego ao que é absurdo e aplaude canalhas. Eu tinha vários livros,caros por sinal de direito mas joguei todos no lixo eu desenvolvi muito nojo em relação a esses aspectos e principalmente em relação a classe judiciária,funcionários públicos e afins e não foi a toa eu vi e vivi coisas entre eles das quais não posso expor explicitamente aqui,acredite em mim a maioria dessas pessoas são piores do que você pode imaginar e não hesitariam em destruir a sua vida,porquê o trabalho delas é justamente destruir,roubar e derramar sangue inocente.
Como eu disse uma vez em textos antigos,todo esse sistema e sociedade é doente e injusto principalmente porquê há aspectos religiosos envolvidos o que torna tudo mais tóxico. Eu fui tratada como um porco indo para o abate por todos eles,fui silenciada e roubada diversas vezes,mas o assassino que fez o que fez comigo e até hoje faz piadas sobre isso e me humilha de todas às formas possíveis foi tratado como rei.
Hoje em dia não sobrou espaço para ódio em relação a eles,tudo o que eu sinto é um nojo muito grande do qual realmente me deixa com náuseas,não apenas em relação a ele mas todos que compactuou com ele e sinto o dobro de náuseas quando eles dizem a si mesmo que "São cristãos e próximos de Jesus" eu me pergunto qual Deus e que Deus é esse,o "povo de Deus" é o pior povo que já conheci em toda a minha vida.
Entretanto,apesar de tudo eu sou grata por ter pessoas tão especiais hoje em dia ao meu lado que me ajudam dentro de suas possibilidades,sempre sentirei falta do que eu fui um dia e o brilho que havia em meus olhos e anseio pela vida,ainda luto para recuperar algumas partes e talvez eu consiga ou não consiga,mas o importante foi que eu lutei e não desisti e se for necessário morrerei lutando,honra não se compra se conquista. Eu agradeço profundamente aos meus pais e familiares e meu noivo que fizeram tantas coisas por mim,quando conheci meu namorado que hoje em dia é meu noivo ele me ajudou muito,graças a ele consegui curar várias partes de mim a outras não há muito o que fazer,eu me sinto muito feliz ao lado dele e ele foi e é luz em minha vida e eu o amo muito.
Todos sabem o quanto suportei e o milagre ainda de continuar viva,no dia em que fui esfaqueada na região da cabeça e na época eu estava extremamente doente e magra,com 38 kg e eu não tinha forças para ter uma luta física com ele mas eu não sei da onde surgiu aquela força da qual eu consegui fugir,pois após o golpe na cabeça ele veio em seguida e de forma rápida para golpear o meu coração e eu realmente não sei até hoje como eu consegui driblar aquilo,em seguida após eu conseguir me deslocar para o estado da minha família na época em Curitiba eu tive que ouvir às difamações da mãe dele dizendo que eu mesmo tinha mutilado a minha cabeça e tantas outras coisas absurdas e quando todos eles perceberam que eu não tinha um real se aproveitaram da situação para me humilhar o dobro,são esses os "cristãos cheios do espírito santo" que batem no peito e dizem que sou uma "imprestável."
Processos para superar traumas são lentos e podem durar a vida toda e o fato de você fazer um tratamento não significa que você não terá recaídas ou crises,isso sempre terá como por exemplo até hoje sou obrigada a lutar contra os episódios de TEPT,embora tenha um bom tempo desde do ocorrido.
Finalizando,nenhuma dessas pessoas terão meu perdão o que todas elas fizeram está feito e por mais que digam ao mundo inteiro que são "boas" e "superiores" elas não são e nunca serão,elas são baixas,sujas e cruéis e não há nada de bom dentro do coração ou de suas almas,são cegas em relação a si e aos seus erros,egoístas em acreditar que merecem algo bom de mim ou de minha família,não merecem absolutamente nada de bom,cascas vazias atoladas em lama que me julgam de todas às maneiras possíveis mais não olham para si mesma antes de apontar o dedo,não são dignas de nenhum resquício de misericórdia. A parte irônica é que provavelmente vão morrer acreditando que são "boas" e estão "certas" mas acredito fielmente na justiça da espiritualidade e nada termina aqui,recomeça em outro plano. Eu vivo minha vida e vou driblando tudo o que posso hoje em dia,tudo se tornou muito mais difícil para mim e isso jamais será minha culpa,todas elas acreditam que ficarão impunes para sempre,se depender dos juízes deste plano ficarão mesmo mas não dá justiça da espiritualidade,podem rir,podem zombar mas não será para sempre,ao menos eu durmo com minha consciência tranquila e tenho paz dentro de mim e pessoas verdadeiras ao meu lado,não preciso viver de aparências,ao contrário de cada um deles,tenho muitos problemas mas inúmeros momentos bons com pessoas fiéis a mim dos quais eu jamais postarei,assim meus amigos eu sigo a vida com seus altos e baixos,tristezas e alegrias...E a minha fé apesar de tudo,talvez um dia algumas dores se curem ou não,mas independente de tudo eu sei que preciso continuar pois alguns precisam de mim aqui,que eu tenha forças para isso e que Exu me proteja e me dê forças.
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bia-sa · 1 year ago
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MENTORIA DE ESCRITA CRIATIVA
- Para projetos não terminados
- Para quem quer aprender a escrever
- Para quem quer melhorar a escrita
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A mentoria de escrita criativa é um serviço que estou oferecendo, afinal estou desempregada e preciso ajudar a pagar as contas de casa. Contigo, eu vou:
- Para quem tiver com um projeto não terminado de ficção, eu ofereço uma leitura crítica do material já escrito, incluindo anotações de ideias.
- Te ajudo a criar metas realistas e criar uma rotina para você atingi-las e terminar seus projetos.
- Te ajudo com outline e brainstorms, independente de qual tipo o seu processo criativo é.
- Caso seja necessário e/ou desejado, te darei aulas de escrita criativa semanalmente. Com exercícios e teoria de narrativa. Tudo adaptado ao que você quer e precisa.
- Acompanhamento semanal dos seus projetos.
Extra: análise crítica de textos terminados.
O pagamento é mensal e, pela quantidade de coisas que estou oferecendo, o preço é 250 reais
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Tá, mas quem eu sou?
Meu nome é Bia Sá, nasci em 28 de novembro de 1995. Sou formada em Letras – Produção Textual e pós-graduada em Literatura, arte e pensamento contemporâneo, pela Puc-RJ. Dou aulas de escrita criativa desde 2019, pesquiso sobre escritoras mulheres e, de vez em quando, escrevo crônicas, poesias e artigos sobre escrita e literatura para o médium e para o substrack.
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Escrevo space opera, hopepunk, fantasia épica, mulheres LGBTQIA+ protagonizando aventuras em qualquer lugar, em qualquer tempo, sempre com bastante drama e questões pessoais. E tbm escrevo poemas, crônicas e ensaios. Ah, e, aparentemente, voltei a escrever fanfics de Percy Jackson.
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PROJETOS PUBLICADOS:
Uma rachadura entre nós (2021):
Uma mulher cede ao pedido de três adolescentes e conta a história de como suas mães se conheceram. Uma história de mundos paralelos, duas melhores amigas e um amor não correspondido. Uma história que começou quando um aplicativo de socialização interdimensional foi criado e a Terra deixou de ser uma.
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Essa noveleta faz parte da coleção Espectros de roxo e cinza, uma coleção com protagonistas assexuais e escrita somente por escritories ace.
Para conhecer um pouco mais sobre esse projeto.
Na tempestade vermelha (2023):
A minha publicação mais recente é também sci-fi, dessa vez escrito para a antologia Sai-fai: ficção científica à brasileira, organizada pelo Museu do Amanhã.
O meu conto se chama Na tempestade vermelha. Em formato de podcast, Ruby conta a história de como sobreviveu à maior tempestade de Júpiter.
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Palavras inacabadas (2023 - atual):
Essa é a minha newsletter no Substrack. Lá, escrevi e publiquei crônicas às 18h, aos sábados. No momento, estou reformulando as ideias para ela, por exemplo, quero muito escrever uma coluna sobre Bullet Journal e uma sobre crítica literária feminista, além de manter as crônicas, só mudar a periodicidade.
Enquanto isso, você pode ler o que já está lá.
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Você tbm pode me encontrar:
- Instagram
- Twitter
- Youtube (tem uns vídeos que eu editei lá)
E é isso... Sintam-se à vontade para me chamar no privado para conversar sobre a mentoria ou sobre qualquer outra coisa XD
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